XEQUE-MATE
Refletindo alguns dias depois do ocorrido na avenida do povo, pude perceber tristemente os fatos e o decorrer dos mesmos.
Num certo ponto de nossa causa tínhamos muitos pontos positivos que nos agregava, tínhamos o apoio da mídia local, da maioria de nossos alunos e de seus respectivos responsáveis e a ampliação da quantidade de professores envolvidos.
Nós ainda tínhamos bons líderes, bons pensadores e até apoio jurídico para ajudar nas reivindicações justas e de direito que estavam em pauta. No entanto nos faltava experiência sobre o assunto e acima de tudo um bom estrategista.
Podemos nos basear todo o manifesto como um jogo de xadrez, e neste jogo político não ganha o mais justo ou o mais nobre ou o mais correto, mas sim aquele que tiver a melhor estratégia.
Até o dia da primeira data da resposta da prefeitura, onde não ouve uma proposta e foi pedido mais tempo para avaliar os “números”, nós tínhamos certa vantagem na jogada, mas a partir deste ponto todas as jogadas em seguida estavam favoráveis ao adversário.
O tempo prorrogado para mais cinco dias de espera, antes disso aquele discurso politizado do secretário de governo em frente à prefeitura, o documento assinado pelo secretário de educação amedrontando e impedindo a manifestação de segunda-feira, a proposta fraca de reajuste com o convencimento de que não se podia fazer mais nada além disso, e a desfragmentarão dos professores foram as estratégias utilizadas para cercar o “tabuleiro”.
E para finalizar com jogada de mestre, a prefeitura na manhã de quarta-feira voltou a distribuir para a população de Taubaté os panfletos do sistema apostilado dizendo com letras garrafais e em negrito que “... os professores são valorizados e tem um dos melhores salários do Brasil...”, xeque-mate.
O questionamento é:
Como será o próximo jogo de Xadrez contra o mesmo adversário?
Professor Josué Amadeu