sexta-feira, 10 de junho de 2011

Xeque-Mate

XEQUE-MATE

Refletindo alguns dias depois do ocorrido na avenida do povo, pude perceber tristemente os fatos e o decorrer dos mesmos.
Num certo ponto de nossa causa tínhamos muitos pontos positivos que nos agregava, tínhamos o apoio da mídia local, da maioria de nossos alunos e de seus respectivos responsáveis e a ampliação da quantidade de professores envolvidos.
Nós ainda tínhamos bons líderes, bons pensadores e até apoio jurídico para ajudar nas reivindicações justas e de direito que estavam em pauta. No entanto nos faltava experiência sobre o assunto e acima de tudo um bom estrategista.
Podemos nos basear todo o manifesto como um jogo de xadrez, e neste jogo político não ganha o mais justo ou o mais nobre ou o mais correto, mas sim aquele que tiver a melhor estratégia.
Até o dia da primeira data da resposta da prefeitura, onde não ouve uma proposta e foi pedido mais tempo para avaliar os “números”, nós tínhamos certa vantagem na jogada, mas a partir deste ponto todas as jogadas em seguida estavam favoráveis ao adversário.
O tempo prorrogado para mais cinco dias de espera, antes disso aquele discurso politizado do secretário de governo em frente à prefeitura, o documento assinado pelo secretário de educação amedrontando e impedindo a manifestação de segunda-feira, a proposta fraca de reajuste com o convencimento de que não se podia fazer mais nada além disso, e a desfragmentarão dos professores foram as estratégias utilizadas para cercar o “tabuleiro”.
E para finalizar com jogada de mestre, a prefeitura na manhã de quarta-feira voltou a distribuir para a população de Taubaté os panfletos do sistema apostilado dizendo com letras garrafais e em negrito que “... os professores são valorizados e tem um dos melhores salários do Brasil...”, xeque-mate.

O questionamento é:
 Como será o próximo jogo de Xadrez contra o mesmo adversário?

Professor Josué Amadeu

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vitória com um gostinho de derrota!


Vitória com um gostinho de derrota!
Que ironia!
Pois é pessoal, está teoricamente fechado, 8% no mês da independência do Brasil e 5% nas águas de Março fechando o verão do ano que vem.
Quero aqui agradecer aos colegas professores da comissão que de forma corajosa enfrentaram o sistema falido de nossa classe educacional. Parabéns!
Entretanto, como o título deste artigo citado acima, ainda sim para este professor que vos fala é aquela vitória com um gostinho amargo da derrota. Participei da assembléia na segunda e de todas as manifestações e pude perceber dois fatos concretos: primeiro- nossa categoria ainda não está preparada e madura o suficiente para avançar como um coletivo; na semana passada tinha em torno de 600 a 700 pessoas e no dia D (segunda a noite) apenas 250 ou até menos. Ainda somos no coletivo uma categoria em formação, recebemos esta “migalha” como foi dito por muitos pelo fato de que apenas 10% dos professores não tiveram medo de lutar por seus direitos, e o restante dos 90% estavam onde? Este previsto reajuste de 13% é uma vitória de nós professores que participamos sem medo, o restante do reajuste ficou com aquela maioria que nós não tínhamos.
Em segundo lugar foi que a falta de gestão e o gasto no mínimo equivocado de nosso digníssimo prefeito e seu departamento de educação foi o ponto forte de não poder realmente reajustar nosso salário de forma justa e honrada!
E o dilema ficou nisso: não poderíamos fazer greve pela quantidade de professores e porque a prefeitura está quebrada!
Contudo, ainda ficaram algumas dúvidas no ar...
Aquele documento enviado pelo digníssimo secretário de educação Prof. Carlos Roberto Rodrigues, dizendo que nós, professores não tínhamos o direito de dar falta aula ou abonada na segunda feira (e foi isso que minou nossa manifestação), vai ficar por isso mesmo?
E o mais importante e daí acho uma vitoria significativa, nosso plano de carreira vai ter continuidade? De que forma?
Então professores a luta ainda não acabou, não podemos nos permitir desanimar e deixar que as coisas tendam a voltar como eram devemos seguir em frente para que este gostinho amargo fique doce logo, logo!
Professor Josué Amadeu